quinta-feira, 5 de julho de 2012

Diário de Bordo #3 – Escolhas erradas, estupidez declarada?



A Proposta
Olá pessoas, mais um diário de bordo, e há alguns dias que venho pensando nisso e agora consegui reunir forças pra colocar aqui. Escolhas erradas. Sim venho apertando a mesma tecla desde... Sempre? Esses dias eu estava assistindo “A Proposta” (Sandra Bullock e Ryan Reynolds) pela milionésima vez (gosto do filme...) e fiquei pensando, se talvez o Andrew (Ryan) não tivesse aceitado casar com a Margaret (Sandra), o que teria acontecido? Certamente ela seria deportada e eles não ficariam juntos, ou talvez ficassem, mas num futuro distante ou não. Se ele não tivesse aceitado a proposta do casamento fake todo o esforço dele em três anos aguentando aquela “mulher de ferro” para um dia se tornar editor, teria sido em vão. Ele aceitou. Para os fãs de Friends, lembram quando a Rachel foi atrás do Ross em Londres no dia do casamento dele? Não foi uma decisão sábia, mas ela foi, e se ela não tivesse ido provavelmente ele teria dito o nome certo no altar e ele se divorciaria anos mais tarde ou não. Ela foi. Esses casos foram atos de coragem ou estupidez?
Rachel e Ross
Decidir as coisas em momentos críticos não leva a lugar algum, Ross e Rachel ficaram juntos, Margaret e Andrew também, acontece de uma decisão considerada errada dar frutos bons. E têm aquelas escolhas erradas que você faz hoje e os resultados duram por tempos. Um exemplo, eu comecei aulas de teclado para suprir um vazio, em um momento critico, sempre quis aulas de teclado então, let’s go! Hoje está tudo bem, a poeira abaixou e está indo todo bem comigo e minha vida, mas toda vez que chego à sala de musica da Fundação Cultural da minha cidade e sento em frente ao teclado eu me lembro do motivo de eu ter começado a fazer aulas e me arrependo de estar ali. E agora eu dou desculpas esfarrapadas para não ir às aulas, hoje, por exemplo, falei pra professora que eu estou gripado (o que é meio verdade) para não ter que ir a aula. Estou pensando em desistir, mas não acho certo eu misturar as coisas assim, tenho que ir, se eu escolhi começar uma coisa pelos motivos errados, azar o meu, tenho que reverter o quadro. Tenho que deixar de ser covarde. Falando em covardia... Estou lendo o livro Fallen – Lauren Kate (pra quem me acompanha no FB ou Twitter, sim, ainda, nunca demorei tanto para terminar um livro) e tem uma passagem muito interessante sobre covardia. Vou direto ao ponto se querem saber do que o livro se trata leiam (uma leitura bem agradável até...)... Luce estava trocando bilhetes desaforados com a garota que senta na carteira da frente durante uma aula e a professora de ensino religioso que estava falando sobre inferno e anjos caídos viu e ela brigou com as duas:

“– Lucinda e Molly – Disse ela, franzindo os lábios e apoiando as mãos no palanque – Gostaria que o que as duas sentem tanta necessidade de discutir numa desrespeitosa troca de bilhetinhos fosse feito agora na frente da turma inteira.
A mente de Luce disparou. Se ela não inventasse alguma coisa rápido, Molly o faria, e era impossível saber o quão embaraçoso isso poderia ser.
– M-Molly só estava dizendo – gaguejou Luce – que discorda da sua visão de como o inferno é dividido. Ela tem suas próprias teorias.
Fallen - Lauren Kate
– Bem, Molly, se você tem alguma planta diferente do mundo subterrâneo, eu certamente gostaria de ouvir.
– Mas que droga – murmurou Molly. Ela limpou a garganta e se levantou – Bem, você descreveu a boca de Lúcifer como o lugar mais baixo do inferno, o que explica por que todos os traidores acabam lá. Mas, pra mim – ela disse, como se tivesse ensaiado aquelas falas -, acho que o lugar mais torturante no inferno – ela deu uma olhada demorada para Luce – devia ser reservado não aos traidores, e sim aos covardes. Os mais fracos, perdedores sem coragem. Entendo que os traidores pelo menos fizeram uma escolha. Mas e os covardes? Eles só correram por aí roendo as unhas, apavorados demais para fazer qualquer coisa. O que é bem pior. – Ela tossiu, imitando o som de “Lucinda!” e limpou a garganta. – Mas é só a minha opinião. – E se sentou.”

Desistência é uma maneira de covardia? Você desistiria de algo? Não desistiria fácil, pensaria antes, mas ainda assim desistiria? Todas a vezes que você chorou, que se preocupou, que perdeu tempo pensando... Jogaria tudo isso fora? Pare pra pensar, se você perdeu tanto tempo fazendo as coisas acima certamente, de alguma forma, valeu apena não? Então chega o momento da escolha, e a dúvida, se a escolha vai ser errada ou não é você que vai decidir.
Devemos tratar uma escolha errada como estupidez? Ou como algo que foi necessário para evolução do ser?
Então, você fez uma escolha errada? Escolha, você pode se denominar estúpido ou corajoso. Ao menos você teve coragem pra isso. Você é quem decide e você é quem pode reverter o seu quadro.

See ya!

2 comentários:

  1. Adoreei (: O filme a proposta realmente é maravilhoso e nos faz perceber que as vezes a pessoa errada é a certa, só depende das nossas escolhas, Muito bom! parabéns :)

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