Não venha me falar sobre perda. Eu
conheço a perda. Alguns anos atrás a perda se apresentou pra mim e com sua
amiga ceifadora, tomamos um delicioso café, e foi então que elas começaram a se
explicar pra mim. A perda disse que seria necessária sua presença no momento,
falou que eu perderia coisas e que as coisas mudariam daquele momento em
diante, e ainda disse que eu não deveria me tornar uma pessoa amargurada e que não
deveria descontar minhas frustrações causadas por ela, nas pessoas próximas a
mim. E ainda disse, “não faça textões nas redes sociais”, “Ninguém gosta de um
textão, honey” falou a amiga ceifadora. Sorry, meninas...
Além da visita da perda com a
amiga, ela veio sozinha algumas vezes antes e depois. Você perde grana, tempo,
amor próprio e segundo ela, tudo isso vem com um aprendizado, notei quando ela
deixava um livro toda vez que terminávamos a conversa. Livros que nunca li,
afinal, quem quer aprender perdendo? Mas ela disse que eu aprenderia, talvez eu
tenha aprendido. Seria melhor não abrir a porta pra ela, mas ela vem e minha
mamãe criou um cavalheiro, uma vez ou outra ela gosta de tomar um bom café, com
açúcar, por incrível que pareça.
Vamos aos clichês: há males que
vem para o bem; É errando que se aprende; É perdendo que se dá valor.
Então, não venha me falar de
perda, porque eu conheço a perda e acredite ou não, somos íntimos.
See ya!