quinta-feira, 26 de maio de 2016

Não venha me falar de perda.

Não venha me falar sobre perda. Eu conheço a perda. Alguns anos atrás a perda se apresentou pra mim e com sua amiga ceifadora, tomamos um delicioso café, e foi então que elas começaram a se explicar pra mim. A perda disse que seria necessária sua presença no momento, falou que eu perderia coisas e que as coisas mudariam daquele momento em diante, e ainda disse que eu não deveria me tornar uma pessoa amargurada e que não deveria descontar minhas frustrações causadas por ela, nas pessoas próximas a mim. E ainda disse, “não faça textões nas redes sociais”, “Ninguém gosta de um textão, honey” falou a amiga ceifadora.  Sorry, meninas...
Além da visita da perda com a amiga, ela veio sozinha algumas vezes antes e depois. Você perde grana, tempo, amor próprio e segundo ela, tudo isso vem com um aprendizado, notei quando ela deixava um livro toda vez que terminávamos a conversa. Livros que nunca li, afinal, quem quer aprender perdendo? Mas ela disse que eu aprenderia, talvez eu tenha aprendido. Seria melhor não abrir a porta pra ela, mas ela vem e minha mamãe criou um cavalheiro, uma vez ou outra ela gosta de tomar um bom café, com açúcar, por incrível que pareça.
Vamos aos clichês: há males que vem para o bem; É errando que se aprende; É perdendo que se dá valor.

Então, não venha me falar de perda, porque eu conheço a perda e acredite ou não, somos íntimos.

See ya!